Marlene Dietrich - Uma das melhores atriz da sétima arte de Hollywood

Flávio
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Marie Magdalene Dietrich mas conhecida como Marlene Dietrich, foi uma atriz e cantora alemã que também adotou a nacionalidade ameriacana. É considerada como um das mais eminentes mitos da sétima arte, é a 9° melhor estrela feminina de todos os tempos segundo o American Film Institute.
Martele Dietrich nasceu na Alemanha, no bairro de Rote Insel na região de Schoneberg, que em 1920 foi anexada a Berlin. Sua família era de classe média.
Seus pais foram Louis Otto Dietrich, era tenente da polícia,  e Whilhelmine Elisabeth, Josephine Felsing, que pertencia a uma família de joalheiros e relogeiros.
Teve uma irmã mais velha chamada Elisabeth, de quem se distanciou quando ficou mais velha ao saber que teve aproximação com militares e funcionários do regime nazista.
As duas irmãs tiveram uma educação ao modo prussiano, cuidadosa e estreita, que incluía aprender francês.
Seu pai morreu em 1907, a mãe casou de novo nove anos depois com um amigo de seu falecido marido, Eduard von Losch, um aristocrata e militar, mais esse faleceu pouco depois de feridas sofrida durante a Primeira Guerra Mundial.
A jovem Marie Magdalene  manifestou interesse pela fama e o espetáculo desde a infância. Com apenas 11 anos já era chamada "Marlene" (fusã de seus nomes) e em sua adolescência se interessou pela poesia e o teatro.
Aprendeu a tocar violino, mas não pode se dedicar a isso de maneira Professional por uma lesão da munheca.
Trabalho em uma orquestra que animava as projeções de filmes mudo, brevemente,  pois foi despedida em poucas semanas.


 

INÍCIO DE MARLENE DIETRICH NA ALEMANHA
 

Sua estreia nos cenários foi como dançarina em um cabaré que fez tour na Alemanha, e no espetáculo de revista em Berlin. Tentou entrar na escola de interpretação de Max Reinhardt em 1922, mais em uma audição foi rejeitada.
Apesar disso, obteve empregos como dançarina e pequenos papéis em locais  que Reinhardt fazia a gestão.
Em Berlin antes de Hitler, cheio de locais noturnos e famosos por sua liberdade sexual e no boom cross-dress, marcou o caráter da jovem Marlene e ajuda a explicar sua futura androgina em se vestir e uma vida íntima desnibida tanto com homens como mulheres.
Dietrich fez sua estreia oficial no cinema em 1923, com uma rapida aparição no O pequeno Napoleão, embora os historiadores insistem que ela havia aparecido como extra em vários filmes alemãs desde 1919.
Igualmente em 1923 participou no filme Tradodie der Liebe, cuja filmagem conheceu a Rudolf Sieber, que era ajudante do diretor, se casaram no civil em Berlin em maio desse mesmo ano, mais ficaram pouco tempo junto.
Cada um foi para um lado, embora nunca se divorciassem e mantiveram certa amizade. 
Em dezembro de 1924 o casal teve uma filha, Maria Elisabeth, mas conhecida com o nome de casada, Maria Riva.
Seria a única descedente da atriz e fiel acompanhante.
Ao longo da década de 1920 ela seguiu trabalhando em cenários em Berlin e Viena. No teatro teve papeis e variável importância em montagens de Shakespeare e George Bernard Shaw, assim como em revistas e musicais, uma etapa no qual se familiarizou com a música popular americana.
No cinema, obteve filmagens em ao menos três filmes entre 1927 e 1949.

 

 

FILME O ANJO AZUL

 

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Marlene Dietrich alcançou o estrelato ao co-protagonizar junto ao então famoso Emil Jannings o primeiro filme europeu sonoro, O anjo azul de 1930, sob a direção de Josef von Sternberg.
Seu atrevido papel como a dançarina em um cabaret chamada Lolo Lola leva a perdição a um respeitável professor causando sensação internacional, em especial porque cantava letras insinuantes exibindo seus músculos pernas em uma época em que o cinema comercial era muito calmo e os filmes mais ou memos eróticos circulavam somente de maneira clandestina.
Em 1933 o Anjo azul seria proibido na Alemanha pelo regime nazista.
Dizem que Josef von Sternberg construiu em torno a Marlene Dietrich o mito de uma diva, já que se rendeu devoção ao filmar sete filmes com ela; mas em suas memórias narra todas as dificuldades que teve para fazer dela uma grande estrela.
Marlene teve que aprender inglês e melhorar sua aparência.
Transformou sua figura robusta em esbelta, emagrecendo 15 quilos, se depilou as sobrancelhas como Greta Garbo e contam que arrancou o dente juízo para ter um rosto mais oval.
Aprendeu truques de maquiagem e ensaiou os gestos que mais a favoreceram na telinha.
Uma vez estabelecido o mito. Marlene Dietrich ficou em parte marcada a esse tipo de imagem que dava fama e ela e viveria sua vida buscando sempre fazer refinamento de sua aparência, no qual contribuíram com seus papéis exóticos e ambíguos, como aconteceria com A Marca da Maldade de seu amigo Orson Welles, onde aos 57 anos ofereceu uma icônica interpretação.

 

 

FILME COM JOSEF VON STERNBERGON

 

Graça a Sternberg, que era conhecido em Hollywood, Marlene Dietrich viajou a Hollywood para a estreia americana do filme O anjo azul e para assinar um contrato em exclusividade com a Paramount, como resposta a ascensão de GretaGarbo, que estava em folha de pagamento da MGM.
Seu primeiro filme nos Estados Unidos foi Marrocos em 1930, sob direção de Sternberg e junto a Gary Cooper, então o principal galã da produtora.
Esse filme causo revolta pela cena na qual Marlene, atuando vestida de cauda, beija a boca a uma espectadora.
Por esse papel ela recebeu sua única nomeação ao prêmio Oscar, Marrocos foi elogiado pelo cineasta russo Sergei Eisentein, segundo conta Sternberg.
A contribuição mais lembrada de Marlene Dietrich a história do cinema é como estrela em vários filmes dirigidos por Sternberg no começo dos anos 1930, tais como Capricho imperial e O Expresso de Shangai.
Foram projetos pensados para seu brilho, como uma estilização visual e argumental que lembra aos comics e fotonovelas, nos quais interpretou papéis de mulher fatal.
Em seu sétimo filme com Sternberg. Mulher Satânica, baseada em um relato de Pierre Louys, Dietrich encarnou a uma devora homens espanhola, com vários tópicos que motivaram as protestas do governo conservador da II Républica espanhola.
O filme foi proíbida na Espanha e sua produtora concordou em retirá-lo do mercado, embora foi um trabalho que contribuiu à fama da atriz. Dizem que Marlene conservou durante décadas uma cópia desse filme, com o qual evitou seu desaparecimento.
Os filmes de Josef von Sternberg foram determinantes para cunhar a lenda de Marlene Dietrich, foram filmados em branco e negro com uma cuidada eleição de vestidos, penteados, luzes e enquadro, com o qual dublou a fotogenia de jovem diva e dissimulava seus defeitos.
Não importava que os argumentos resultassem poucos realistas e que a atriz  limitase sua gama expressiva a um filme de vampiresca que terminou sendo repetido. Assim ficou definida a imagem pública de uma estrela de grande magnetismo, se bem um tanto excêntrico para o gosto americano por sua andrógina e seus papéis de ambígua moral.
Marlene Dietrich foi possuidora do titulo das penas perfeitas, dizem que foram asseguradas por um milhão de dólares.
Foi a única estrela que, ao menos em aparência física, era capaz de fazer sombra a misteriosa Greta Garbo.
Em seus anos de apogeu que quis ver uma rivalidade entre elas, e contava que recusavam coincidir em filmes e atos públicos, mas a realidade segundo vários biógrafos é que conheciam desde o começo na Europa.

 
 

MARLENE DIETRICH DISSE NÃO À HITLER

 

A partir de 1933 Marlene Dietrich começou a colaborar com outros diretores, com desiguais resultados. Filmou The Song of Songs com Rouben Mamoulian, filme que não triunfou, mais fez Desire de 1936 de Frank Borzage, onde a vida voltou se dançou com Gary Cooper.
Esse sucesso, com tudo, não a salvou de posteriores fracassos (ao menos por baixa rentalidade) que a fizeram ser credora em 1938 do apelido (veneno para a bilheteria); uma etiqueta que os distribuidores de filmes a colocaram como as outras estrelas tais como Greta Garbo, Dolores del Rio, Mae West, Joan Crawford e Katherine Hepburn.
Esse sanbenito peculiar para a atriz deveu-se a três projetos de 1936-37. Ela concordou em co-estrelar com Charles Boyer em um filme dirigido por Henry Hathaway, I Loved a Soldier, mas as discussões entre ela e o diretor levaram à suspensão das filmagens. Este filme nunca foi concluído e as cenas filmadas devem ter sido destruídas. Marlene e Boyer conseguiram terminar um filme juntos, The Garden of Allah; ela cobrou US $ 200.000 por seu trabalho e, embora a coleção não fosse ruim, os custos eram altos. O terceiro filme, Knight Without Armor, rodado no Reino Unido, agravou o descrédito da atriz porque não era muito lucrativo e ela havia arrecadado US $ 450.000.
Durante as filmagens de Knight Without Armor em Londres, alguns meses antes do início da guerra, Marlene foi visitada por oficiais nazistas que lhe fizeram ofertas suculentas para trabalhar na Alemanha como a principal estrela do Terceiro Reich; mas ela os rejeitou e solicitou a cidadania americana, que seria concedida a ela em 1939.

  

MARLENE DIETRICH E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

 

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Em 1939, a carreira cinematográfica de Marlene Dietrich parecia estagnada, mas recuperou alguma força graças a dois filmes, Arizona (Destry Rides Again, 1939), uma comédia de faroeste com James Stewart, onde Marlene exibia uma expressividade mais coloquial com notas de humor e Sete pecadores (1940), com John Wayne.
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, Dietrich foi uma das primeiras estrelas a colecionar títulos de guerra americanos, além de divertir as tropas americanas na frente de guerra, e era bem conhecidas por suas fortes convicções políticas.
Ela era uma ferrenha antinazista que desprezava as políticas anti-semitas de seu tempo.
Já no final da década anterior, ele havia colaborado com Billy Wilder e outros para formar um fundo financeiro para ajudar judeus e dissidentes a fugir da Alemanha.
Ele até fez vários discos antinazistas em alemão, incluindo "Lili Marleen", um curioso exemplo de uma canção que transcende o ódio da guerra.
Em suas apresentações, além de cantar, ele tocou a serra musical para entreter as tropas e cantou para soldados e oficiais aliados na Argélia, França e Alemanha com os generais James M. Gavin e George S. Patton.
Quando questionado sobre por que o fizera, apesar do perigo óbvio, ele respondeu em alemão: "aus Anstand" ("por decência" em espanhol). Mas sua posição tão beligerante em favor dos Estados Unidos lhe trouxe consequências anos depois, quando voltou à Alemanha para atuar em 1960; O público da Alemanha Ocidental vaiou como uma traidora, enquanto o público da Alemanha Oriental aplaudiu. Em 1962 ele se apresentou em Israel, tendo uma boa recepção; ele até cantou canções em alemão, o que significava quebrar uma espécie de tabu.
Marlene Dietrich recebeu vários reconhecimentos por sua luta contra o nazismo e a favor dos judeus, como a Medalha de Valor Israelense em 1965; Este prêmio foi um marco na época, pois foi a primeira vez que foi concedido a uma pessoa de origem alemã e também a uma mulher. Mas, de certa forma, Dietrich não se livrou da mancha do nazismo: no pós-guerra, quando conheceu sua irmã Elisabeth na Alemanha, descobriu que ela e o marido haviam administrado um cinema frequentado por militares e oficiais do Campo de concentração de Bergen, Belsen. Embora a atriz tenha tentado não retaliar o casal pela cumplicidade com o regime de Hitler, anos depois ela cortou contato com eles e chegou a alegar que não tinha irmã e que sempre fora filha única.

  

FILMES DE MARLENE DIETRICH 

 

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 Quando Marlene Dietrich entrou na idade adulta, ela perdeu seu apelo como uma reivindicação erótica ao impulso de atrizes mais jovens, como Rita Hayworth e Marilyn Monroe; mas expandiu seu repertório interpretativo em filmes muito valiosos como: Panic on the Scene (1950) de Alfred Hitchcock, com Jane Wyman e Michael Wilding; Encubridora (1952) de Fritz Lang, com Arthur Kennedy e Mel Ferrer; os filmes A Foreign Affair (1948), de Billy Wilder, com Jean Arthur, e Witness for the Prosecution (1957), com Tyrone Power e Charles Laughton; bem como em Sed de mal (Touch of evil, 1958) de Orson Welles, 5 com Charlton Heston e Janet Leigh; e Vencedores ou Perdedores nos Julgamentos de Nuremberg, filmado em 1961 por Stanley Kramer com um elenco longo que incluía Spencer Tracy, Burt Lancaster, Montgomery Clift e Maximilian Schell, que ganhou um Oscar por seu papel.
Marlene também fez filmes mais leves, como The Monte Carlo Story (1957) com Vittorio de Sica, e participações especiais em Around the World in 80 Days (1956), com Cantinflas, David Niven e Shirley MacLaine, e em Encounter in Paris (1964), comédia estrelada por William Holden e Audrey Hepburn.
Seu relacionamento com os diretores foi difícil em alguns casos. Em seus primeiros dias em Hollywood, ela foi uma aprendiz submissa e incansável de Josef von Sternberg, passando por uma transformação física e expressiva total; e ele admirava Welles incondicionalmente: "As pessoas deveriam fazer o sinal da cruz antes de falar sobre ele." Mas ele teve atrito com Billy Wilder ao discutir o arranjo de luzes e câmeras, porque ele queria mostrar sua melhor imagem. Em uma ocasião, ele repreendeu um fotógrafo regular "Você não tira fotos minhas tão boas como antes", ao que ele diplomaticamente respondeu: "Eu sou apenas quinze anos mais velho."
 No filme Julgamento em Nuremberg tem uma cena que Marlene Dietrich anda pela rua junto com o ator Spencer Tracy e ambos escutam como uma música de fundo de uma taverna alemã a famosa música alemã "Lili Marleen" que ela popularizou em sua juventude e que ela mesma traduziu ao inglês no filme.
Dietrich cantou em vários de seus filmes. como O anjo azul no qual interpretou "Ich bin von Kopf bis Fuß auf Liebe eingestellt", gravada na Alemanha na década de  1920.
Depois uma etapa fase fraca em sua carreira, gravou vários discos para as gravadoras Decca, Elektrola, EMI e a Columbia.
Gravou uma famosa versão de "Lili Marleen".
Sua característica voz foi logo satirizada em algumas canções.
Em 1948 foi discursar aos aliados da primeira linha de fogo cantando seu mitico Lili Marleen.
Desde a década de 1950 Dietrich foi reduzindo sua ativida no cinema e emprendeu tours internacional como grande atriz de cabaret; seguia ativa até 1975.
O primeiro passo que fez seu status como grande dama da canção foi o vantajoso contrato que assinou em 1953 com o Sahara Hotel de Las Vegas: 30.000 dólares semanais por um show de curta duração, onde cumplidos 52 anos usava uma esplênndida figura enfudada em um vestido de chiflon de seda com com strass, que causou sensasão.
O sucesso desse espetáculo fez seu caminho em Londres no ano seguinte  e logo Marlene renovou seu contrato em Las Vegas.
Ao longo de quase duas décadas viajou meio planeta com seus tours: desde Brasil, Argentina até o Japão, passando pela África do Sul e Rússia. Na Espanha é lembrada sua atuação em Palma de Mallorca em 1972, na sala de festas Tito's.
Seu repertorio incluia músicas de seus filmes, assim como temas populares daquele tempo, como "La vie en rose" de Edith Piaf, "
"Ne me quitte pas" de Jacques Brel, "Marie, Marie" de Gilbert Bécaud, o "Moon River" que ficou famoso por Audrey Hepburn ... Ela até cantou "Blowin 'in the Wind" de Bob Dylan e "Light My Fire . "do The Doors.
Até meados da década de 1960, o diretor musical de seus recitais era o famoso compositor Burt Bacharach, com quem teve um caso. Seus arranjos orquestrais ajudaram a disfarçar o alcance vocal limitado da estrela e permitiram que ele desse as suas canções o grau máximo de efeitos dramáticos. Sincronizada com os músicos, a diva vinculou gestos calculados e expressões faciais para alcançar performances retumbantes.
O cineasta Peter Bogdanovich se maravilhou de que "Marlene transcende o que ela canta", enquanto os críticos menos entusiasmados atribuíram parte do sucesso à nostalgia: "Este show é como um jogo ilusionista, onde o mágico tem uma mão ágil, mas precisa da habilidade. Cumplicidade do público ; e se algum espectador não acreditar no truque, eles se culpam. Eles reconheceram em Marlene uma técnica solvente no palco e, acima de tudo, "uma total confiança em sua própria magia".
Corpetes de chiffon que comprimiam e redefiniam seu corpo como um espartilho, escondidos sob espetaculares ternos Jean Louis simulando transparências, somados a luzes cuidadosamente usadas e - dizem os rumores - leves facelifts improvisados ​​(apertando a pele com fita adesiva e tranças, que ela ocultava com sensuais perucas), foram recursos estéticos que ajudaram Marlene a mostrar uma imagem majestosa e esguia aos 70 anos. Mas, em certa ocasião, ela disse a um espectador que a observava com binóculos: "Não os use, porque a magia acabou".
 Em 1968, ele recebeu um prêmio Tony por seu show da Broadway, An Evening with Marlene Dietrich, um prêmio que recebeu de Gregory Peck. Este show foi revivido em Londres em 1972 sob o título I Wish You Love, para ser gravado como um especial de televisão. Consciente em todos os momentos de seu papel como estrela, Marlene apareceu no palco usando uma grande capa de penas de cisne avaliada em $ 8.000 e um vestido justo coberto de joias; mas não poupou pinceladas coloquiais, como piadas com o público e gestos de taberna em suas canções mais engraçadas. A estrela impôs condições leoninas: relutante com o meio televisivo, exigiu que o show fosse gravado em um teatro real com uma audiência, não em um set, e pediu por seu trabalho $ 250.000, um número recorde, também reservando os direitos autorais do gravando depois para ser transmitido apenas duas vezes, uma nos Estados Unidos e outra no Reino Unido. Ambas as transmissões foram em 1973 e alcançaram boa audiência e resultados de crítica, embora a diva não estivesse satisfeita com o resultado da gravação. Este especial está disponível no Youtube.


LESÕES E APOSENTADORIA
 

Devido ao seu luxuoso padrão de vida, Marlene Dietrich precisava de muito dinheiro (sua filha María Riva revelou que "sempre viveu na bancarrota") e isso a obrigou a prolongar sua carreira musical até os 70. Venceu o câncer cervical em 1965 e sofria de má circulação sanguínea nas pernas, mas continuou a dar recitais até que dois acidentes no palco a forçaram a se retirar. 
Em 1973, ele caiu no fosso da orquestra durante uma apresentação em Maryland, machucando a coxa esquerda; sua cura exigia enxertos de pele. Outro contratempo encerrou sua carreira no show em 1975: ele quebrou a perna em Sydney quando caiu quando estava prestes a subir no palco.
 Após quinze anos de inatividade no cinema, apareceu brevemente no filme Gigoló (Just A Gigolo, 1979), um filme sobre a prostituição masculina em Berlim na década de 1920 (época que a própria Marlene conheceu) dirigido por David Hemmings e estrelado por David Bowie , Sydne Rome e Kim Novak. Além disso, ele escreveu e contribuiu para vários livros na década de 1980.

Ela passou sua última década principalmente em repouso em seu apartamento na Avenue Montaigne em Paris, França, período durante o qual ela não foi vista em público; Ela não queria que sua figura na velhice manchasse sua imagem mítica, mas gostava muito de escrever cartas e telefonar. Há rumores de que em seus últimos anos ele teve crises de depressão e consumiu muito álcool, provavelmente a causa de uma queda em seu banheiro que piorou sua mobilidade precária.

 

Documentário: Marlene (1984)

 

Maximilian Schell, que havia trabalhado ao lado de Marlene em Vencedores ou Perdedores vinte anos antes, conseguiu que ela concordasse em uma entrevista para um documentário biográfico (Marlene, 1984). A diva aceitou com a condição de que fosse uma gravação apenas de voz, pois ela não queria mostrar seu rosto ou sua casa; de modo que as imagens visíveis são fragmentos de seus antigos filmes e frames de um cenário, que recriou a sala parisiense onde Marlene falava.
 A veterana estrela foi evasiva e cortante quando confrontada com muitas perguntas, com ciúmes de preservar sua lenda; mas o diretor habilmente ilustrou suas meias-verdades com imagens de arquivo que as expuseram. O documentário acabou sendo mais rude e revelador do que Dietrich esperava, o que a irritou e a motivou a romper o contato com Schell, embora ela tenha se reconciliado com ele quando a reportagem foi indicada ao Oscar. Ele recebeu vários elogios e elogios da revista Newsweek: “Este é um filme único; possivelmente o mais fascinante e emocionante já feito sobre uma grande estrela de cinema.
Em sua aposentadoria parisiense, ele teve pouco contato com sua filha, María Riva, devido ao relacionamento tenso. Maria acompanhou sua mãe em turnês musicais trabalhando a seu serviço; falecida, a diva revelaria seus truques de fantasia. Possivelmente em sua velhice, Marlene sentiu inveja ou frustração por sua filha, porque como uma jovem atriz ela mal havia desempenhado papéis modestos na televisão, aposentando-se na década de 1950. Dietrich manteve contato regular com seu neto Peter Riva, um dos poucos próximos amigos a quem teve acesso ao seu apartamento em Paris. Seu marido, Rudolf Sieber, continuou a morar nos Estados Unidos e morreu de câncer em 24 de junho de 1976. 
Em uma entrevista para a revista alemã Der Spiegel em novembro de 2005, sua filha e seu neto afirmaram que Marlene Dietrich foi politicamente "ativa" durante aqueles anos; ele manteve contato telefônico com líderes proeminentes, gastando mais de US $ 3.000 por mês em ligações telefônicas. Seus contatos incluíam Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev, embora sua influência sobre eles seja desconhecida.
 Dietrich morreu discretamente em 6 de maio de 1992, aos 90 anos, em Paris. Sua cerimônia fúnebre foi realizada na igreja de La Madeleine, em Paris, diante de 3.500 pessoas em luto e uma multidão do lado de fora do templo. Seu corpo, coberto com uma bandeira dos Estados Unidos, foi enviado a Berlim, onde foi enterrada no cemitério municipal Berlin-Schöneberg, sua cidade natal. Marlene Dietrich disse à amiga que a acompanhava no quarto de sua luxuosa casa em Paris, pouco antes de sua morte: "Queríamos tudo e conseguimos, não foi?"
Em 1994, seus documentos e pertences pessoais foram vendidos para a Fundação Alemã Cinemateca, depois que instituições americanas não se interessaram por ela, onde foram o foco da exposição no Sony Center da Potsdamer Platz em Berlim.

 

 MARLENE DIETRICH EM HOLLYWOOD

 

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Dietrich nunca se integrou realmente à indústria de Hollywood, sempre sendo independente do gosto geral de seu país de adoção. Seu forte sotaque alemão acrescentou um toque extra às suas performances, mas a rotulou como "estrangeira" aos olhos dos americanos.
Ela também foi um ícone da moda para designers de topo, bem como para as estrelas que a sucederam. Usou desenhos de Chanel, Balenciaga, Hermès, Christian Dior ... Ele popularizou, entre outras vestimentas, o uso de calças, que, junto com sua imagem pública e as notas de bissexualidade em alguns de seus primeiros filmes, muitas vezes contribuíram para a criação fortes rumores, nunca confirmados por ela, sobre sua vida amorosa.
 Marlene era famosa por sua aparência elegante, seu corpo complexo e estudado, seu bom vestido (ela impôs a moda para calças femininas) e sua imagem de femme fatale. Era um ícone de elegância e glamour, por isso sempre apareceu como parte do brilho de Hollywood. Quando ficou mais velha, ela declarou que usava vestidos sofisticados apenas para exigir sua imagem pública, e que na vida privada ela gostava de se vestir informalmente, inclusive jeans ("para homens, é claro").

 

VIDA PRIVADA DE MARLENE DIETRICH

 

Ao contrário de sua vida profissional cuidadosamente administrada e mundialmente conhecida, Marlene Dietrich manteve sua agitada vida pessoal longe dos olhos do público. Em parte, isso foi possível porque o Star-system das produtoras de Hollywood garantiu a boa imagem de seus astros, dosando as informações que chegavam à imprensa, para a qual contribuía um setor jornalístico menos incisivo e tecnificado que o atual. 
Casou-se em Berlim em 1923, quando ainda era desconhecida, com o assistente de direção Rudolf Sieber (1897-1976), mas viveram juntos por um curto período de tempo e separados; Eles nunca se divorciaram e mantiveram uma certa amizade. Em 1944, ela o observou por causa de pneumonia e, novamente, em 1956, por causa de um ataque cardíaco. Sieber residiu principalmente na Califórnia, onde administrou uma granja de aves por alguns anos, e morreu lá.
Além de algumas fontes não confirmadas, os poucos detalhes da vida privada de Marlene vêm de sua única filha, María Riva (que é seu nome de casada, já que seu primeiro nome era Maria Elisabeth Sieber). María Riva declarou que, embora a respeitasse como figura, nunca amou sua mãe e que Marlene Dietrich viveu para, por e dentro da imagem que se projetava no espelho. Foi a crítica mais pungente ao mito que Marlene havia construído, e declarou que sua mãe nunca conheceu o amor verdadeiro; que ele era uma pessoa muito solitária e manipuladora, cuja melhor simulação não foi feita nos filmes, mas na vida real. 
Marlene Dietrich era sexualmente muito livre desde seu início em Berlim e não hesitava em ter intimidade com muitos homens e igualmente com mulheres; que era de conhecimento comum em Hollywood, mas não transcendia o público em geral. Em particular, ela era uma das principais figuras do Círculo de Costura, um grupo de estrelas femininas de Hollywood que ocultava sua sexualidade lésbica ou bissexual. Confirma-se que a diva teve um caso com a poetisa Mercedes de Acosta, 5 mas as informações que a ligam a Édith Piaf e mesmo a Greta Garbo são mais polêmicas. 
Marlene tornou-se íntima de muitos co-estrelas, incluindo James Stewart, John Wayne e Gary Cooper7 (enfurecendo seu parceiro, Lupe Vélez), bem como Errol Flynn, Frank Sinatra, o músico Burt Bacharach, o político John F. Kennedy e Josef von Sternberg , entre outros.8 Quando fez 50 anos, ele se deu bem com Yul Brynner, em um relacionamento mais ou menos intermitente que durou uma década. Segundo a filha, Marlene não gostava muito de sexo propriamente dito, e o que mais a estimulava era seduzir e se sentir desejada. Segundo algumas fontes, o grande amor da atriz era o ator e herói militar francês Jean Gabin, mas, segundo outras, o egoísmo a impedia de se entregar emocionalmente a ninguém. 
Quando Maria Riva deu à luz um filho em 1948, Dietrich foi apelidada de "a avó mais glamorosa do mundo".

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